No casarão do sítio da Mutuca, O velho pede pouso a alguém chasqueia: - “Saia, tratante, e durma na cadeia! Ponha a cabeça tonta na cumbuca!”
O mendigo cansado não retruca, Enfrenta a noite e a chuva... Cambaleia... Mais além rola o rio entregue à cheia... E, exposto à sombra, afoga-se Nhô Juca...
Ante a morte, o passado se desvenda... Sente-se outro... É o dono da fazenda... Nhô Juca, leve e moço, chora e fala...
Mas, súbito, no chão molhado e frio, Repara o rio e vê que é o mesmo rio Onde afogava os velhos da senzala...
Autor: Cornélio Pires (espírito)
Médium: Francisco C. Xavier/Waldo Vieira
Livro: O Espírito Cornélio Pires, cap. 8